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Insane Riders Race Team Motogrupo: MOTOVELOCIDADE NO BRASIL

quinta-feira, 24 de março de 2011

MOTOVELOCIDADE NO BRASIL



Fico feliz em ver os níveis dos pilotos nos campeonatos que estão acontecendo aqui no Brasil.


Muitos pilotos gostam de se divertir nos autódromos sem a pretensão de algum tipo de retorno financeiro, mais creio que os campeonatos estão se tornando um excelente caminho para quem queira viver como piloto e até mesmo tentar algo fora do brasil.


Eu particularmente acho que a motovelocidade no Brasil está engatinhando, mas ao mesmo tempo vejo principalmente por muitos, que há um esforço enorme na divulgação dos eventos em vários estados brasileiros.


Com tudo isso, não é tão simples assim, alguns pilotos recebem propostas para correrem em equipes, mais as taxas que terão que pagar para usar a estrutura é exorbitante.


Não entendo isso, pois se são pilotos capazes de andar na ponta, porque pagar? Sendo que ao meu ver, teriam que receber!


Conversando com um piloto, ele me disse que gastou cerca de R$31.000,00 na temporada do Paranaense 2010, sem contar o investimento na moto. Imagine quanto custaria correr o Pirelli SBK pagando tudo do próprio bolso. Para o piloto se promover sozinho fica quase impossível.

As competições estão cada vez mais caras, a motovelocidade no Brasil está se tornando uma verdadeira máfia, tanto nos preços praticados, como na maneira que as oportunidades de locação dos autódromos estão sendo apresentados aos interessados.


A cada corrida vejo mais divulgações e creio que essa "euforia' não acabe tão cedo, porque está tendo um bom retorno de mídia, veja o caso da Kasinski. Participo de um fórum onde eles estão todos animados, falando que a moto é maravilhosa, que chegou na ponta das 500 milhas, etc... “Até parece que a moto chegou sozinha, que o mérito é somente dela e não de um piloto muito experiente contratado para divulgar a marca” (risos)


Mesmo o autódromo tendo pouco público em dias de corrida com motocicletas, a divulgação na mídia está fazendo toda diferença.


Marcas, stock car, Copa Porche etc... Todos possuem inúmeros patrocinadores, porém esse investimento nas motos ainda é muito tímido.


Um investimento para correr o Pirelli SBK, por exemplo, fica muito alto, somente quem tem muita verba pode se aventurar nesse tipo de esporte.


Agora se falarmos de condições e organizações dos autódromos aqui do Brasil, acho melhor sentar no banco de sua moto, por a cabeça no guidão e começar a chorar desde já.
No quesito financeiro, fica sendo até desleal, pois existem pessoas investindo muito alto nas motos, sem falar em motos que estão com preparações livres ou mesmo a vistoria inexistente para saber se a moto se enquadra na categoria que ela está correndo.

Isso tudo limita muito a entrada de pilotos novos, mas como disse no começo do texto, estamos engatinhando. Sei que temos que começar de alguma forma, certo ou errado estamos fazendo nossa parte para ver o crescimento da motovelocidade no Brasil, mesmo que para serem os beneficiados, nossos netos.


Acho que deveríamos começar a pensar na adequação dos autódromos já utilizados para Track Days e provas de motovelocidade, para em um médio prazo tentar trazer a Moto GP de volta ao Brasil.


Os campeonatos ainda pecam nas organizações, as pistas não são adequadas para as motocicletas e estão a cada corrida nos trazendo mais mortes e acidentes feios.


Interlagos não foi feita para o motociclismo de alta velocidade, muros e poucas áreas de escapes á tornam-se perigosa de mais, não é a toa que o MotoGP não homologa a pista.


Poucos pilotos mais experientes sabem disso e sabem onde aliviar a mão, porém os organizadores deveriam também ter a mão pesada em ditar regras que diminuíssem os riscos.


Com tudo isso, gostaria de terminar essa matéria esclarecendo que mesmo com tudo isso, local de acelerar é no autódromo e não nas rodovias.


(Faça o que eu digo, mais não faça o que eu faço)


Fabiano Toledo

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